O primeiro EU TE AMO a gente nunca esquece.

Estavamos namorando tinha um pouco menos de um mês, começamos a namorar como já havia dito em 08 de junho, meu aniversário é dia 29 do mesmo mês.

Sei que as coisas podem parecer um pouco precipitadas, mas nesta data já tinha se formado em mim um sentimento forte que nem eu mesma sabia definir...

André me preparou um presente lindo de aniversário, com um cartão muito amável, uma caixa em formato de coração com muitas pétalas de rosas e fitinhas penduradas, dentro dela alguns presentes: duas máscaras decorativas de parede estilo veneziana e um conjunto de colar e brincos em uma caixinha que na tampa pela parte interna vinha colado um pedaço de papel com o seguinte poema:

"Fica aqui o meu último presente

só para ver um sorriso contente.

Queria poder escrever com mais eloquência

e para entender isso é necessário paciência.

Se por este poema passar direto

talvez não enxergue palavras de afeto.

E quando a luz de tudo você conseguir achar

não haverá caminhos onde não possamos andar."

(André Bueno)

Foi uma noite linda, o aniversário em que me senti mais feliz.

No dia seguinte ele me perguntou o que eu tinha achado do meu aniversário e falei que tinha sido maravilhoso, mas tinha faltado algo... 

Imagine qual foi o meu espanto quando ele respondeu que talvez o que eu achava que tinha faltado podia não ter enxergado e que era para eu examinar os presentes novamente porque tinha algo que não percebi, curiosa como só eu posso ser revirei a caixa várias vezes e nada...

Ele me mandava pistas por e-mail, cada uma mais sem sentido que a outra e nada de eu desvendar o mistério!!! Passaram dois meses e nada! Estava muito brava e anunciei que não queria mais saber o que era.

Primeiro ele ficou muito desapontado de eu simplesmente desistir, então decidiu me mostrar, me pediu uma vela e arrancou o poema da tampa da caixinha do conjuntinho que tinha me dado, passou levemente na chama e como  mágica apareceu as palavras: TE AMO!

Fiquei pasma e só consegui retribuir dizendo que também o amava e ganhei o beijo mais doce de todos, que nunca vou esquecer e até mesmo hoje mais de três anos depois, fecho os olhos e consigo reviver aquele momento.

As palavras tinham sido escritas com o sumo do limão e um cotonete, que com a chama (a ação do calor) produziu uma reação química que o tornou visível.

Não é a maneira mais original e romântica de se dizer eu te amo pela primeira vez à alguém?   

E noivado nada!!!

Sabe, como 99,9% das mulheres sou ansiosa e curiosa.

Comecei a namorar com o André em 08/06/2007, em julho de 2009 compramos o apartamento e estava decidido que iriamos nos casar, mas assim só de boca, só de promessa...

E eu queria ser NOIVA, queria que todos soubessem que estavamos assumindo um pacto de amor com a intenção de toda uma vida.

O André sempre gostou muito de me fazer surpresas, ele é muito criativo! Então estava esperando a pergunta: Quer casar comigo??? Claro que da forma mais inesperada, porque o conheço muito bem.

E ele nada, o tempo passou, passou... Combinamos de noivar em junho de 2010 e escolhemos a data do casório que vai ser 11 de junho de 2011, para ser bem pertinho do aniversário de namoro e do dia dos namorados.

Estava em cólicas, pois não chegava junho de forma alguma, quis um anel de noivado e ele comprou (lindo!!!), o anel chegou e não ganhei! Continuou o suspense e a terrível espera.

Não sou muito paciente e já estava ficando doida esperando ganhar meu anel e finalmente ser pedida em casamento...rsrs

Até que um dia ele resolveu me levar para passear na Av. Paulista, ficamos andando a pé por algum tempo e sem destino certo, já estava ficando no mínimo irritada, pois sentia ir de um lado para outro sem rumo, sem destino e pior sem motivo algum.

Fomos ver a exposição do acervo do MASP e depois de algum tempo em meio as obras de arte, ele se ajoelha diante de mim, abre uma caixinha com o meu lindo anel e diz: Aceita casar comigo??? Nem preciso dizer que senti uma alegria imensa, me emocionei e ao mesmo tempo senti uma ponta de vergonha, pois não é uma cena muito comum no meio do museu um pedido de casamento em meio aos visitantes, câmeras e seguranças...rsrs

Agora aquele passeio fazia sentido e se eu fosse um pouquinho mais esperta teria  percebido, pois nosso primeiro beijo realmente foi na Av. Paulista na saída de uma exposição do MASP.

Decidimos nos casar

Fazia algum tempo que planos de nos unir e constituir uma família estava habitando nossos pensamentos...

Não havia nenhum preparo para tal, fomos conhecer um empreendimento imobiliario no qual meu irmão queria fazer uma compra, estavam meu irmão, a esposa (na época ainda namorada), meus pais, André e eu...rs

Imagine só, no mesmo dia resolvemos comprar também um apartamento, André e eu é claro!

Meu irmão acabou não realizando a compra, mas nós que só tinhamos ido bisbilhotar a compra alheia, saímos do plantão de vendas naquela tarde com acordo fechado!

Esse fato mudaria tudo, afinal agora tinhamos os planos da casa, só faltava CASAR!!! 

Como tudo começou

Conheço o André há muitos anos, desde os quinze... rsrs
Ele é dois anos mais novo que eu e irmão de uma amiga de escola, mas apesar de nos conhecer tanto tempo antes não nos percebemos por um longo período, cada um teve sua vida, suas experiências e quedas, numa dessas quedas é que realmente olhamos um no olho do outro pela primeira vez, aí tivemos a certeza de que a grande busca havia chegado ao fim, pois naquele olhar acontecia um encontro de almas e o nascimento de um grande e verdadeiro amor.